Jungmann critica a classe média do estado
Ao assumir o Ministério Extraordinário da Segurança, ontem, Raul Jungmann fez uma análise dura, porém já bem conhecida, de que o sistema carcerário é o escritório do crime organizado.“Foi dentro do sistema prisional brasileiro que surgiram as grandes quadrilhas que nos aterrorizam.As prisões são o ‘home office’ do crime organizado”, afirmou, sem esmiuçardequeformaarealidadeserá mudadanoRioeemtodoopaís.
Jungmann também criticou a “classe média” do Rio, afirmando que ela pede segurança e, ao mesmo tempo, consome as drogas ilícitas que financiam o crime organizado. “Não é possível! São pontas que se ligam e precisam de estratégias diversas para serem combatidas”, disse o ministro.
E em seu primeiro ato à frente do ministério da Segurança, Jungmann demitiu o diretorgeral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, o substituindo por Rogério Galloro, ex-diretor executivo da PF e que estavanocargodesecretárionacional de Segurança Pública.
Segóvia permaneceu três meses no cargo e causou polêmica ao declarar, no início do mês, que os “indícios são muito frágeis” numa investigação que inclui a mala de R$ 500 mil encontrada com Rocha Loures, um ex-assessor do presidente da República, Michel Temer, sugerindo que o inquérito da PF “poderia até concluir que não houve crime”.