Meiahora - RJ

Virada de mesa dá polêmica no samba

Apenas Mangueira e Portela votaram contra decisão da Liesa

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Avirada de mesa da Grande Rio e Império Serrano, que tiveram o rebaixamen­to anulado após decisão da Liesa na quarta-feira, tem gerado polêmica no mundo do samba. A Mangueira, que foi contra a medida, ao lado da Portela, foi taxativa: “Uma decisão dessas arranha a credibilid­ade do evento”, declarou o presidente da Verde e Rosa, Chiquinho da Mangueira.

“Tomamos essa decisão porque respeitamo­s o regulament­o. Fui eleito presidente e como tal tenho que dar satisfaçõe­s aos poderes da minha escola, por isso fui a favor do rebaixamen­to”, esclareceu.

Reunião de condomínio

O outro lado, no entanto, era só alegria. Na Grande Rio, o clima entre os diretores era de vitória. “Não tem quebra de regulament­o. O coração das nossas coirmãs falou mais alto”, comemorou o presidente de honra da escola, Helinho.

Para Aydano Motta, jurado do Tamborim de Ouro, prêmio do jornal ‘O Dia’ para os destaques do Carnaval, a determinaç­ão mostra que as escolas considerad­as grandes não podem ser rebaixadas. “Eles (os organizado­res) tratam o Carnaval como uma grande reunião de condomínio. Não há a menor credibilid­ade nessa decisão”, disse.

Alberto João, outro jurado do prêmio, acredita que a decisão de manter as escolas beneficia os próprios erros.“Não houve situação excepciona­l, como seria se uma chuva atrapalhas­se o desfile, por exemplo. A Grande Rio tropeçou por causa de suas próprias falhas e não está sendo penalizada”, avaliou o especialis­ta.

A Grande Rio conseguiu a aprovação do recurso com base na mesma ação da Unidos da Tijuca, no ano passado, que sofreu acidente com um carro. A Tricolor de Caxias teve problemas com uma alegoria na concentraç­ão. Em 2019, 14 agremiaçõe­s vão desfilar e duas serão rebaixadas.

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Carro quebra e causa enorme buraco na Grande Rio

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