Meiahora - RJ

Trans atacadas por atiradores

Transexual foi morta e outra ferida. Homobia ou vingança?

- MARCO ANTONIO CANOSA

Vingança ou homofobia. Estas são as linhas de investigaç­ão da polícia para esclarecer a ação que resultou no assassinat­o de uma mulher transexual, ontem, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e deixou outra transexual ferida.

Alessandra da Silva Alves, de 50 anos, conhecida como Alessandra Brasil, e Nayara Montenegro, de 30, estavam na Rua Amaral Costa quando foram surpreendi­das por homens que passaram de carro atirando. Alessandra morreu na hora. Nayara, atingida na barriga e na coxa, foi socorrida e levada para o Hospital Carlos Chagas, em Campo Grande, onde passou por cirurgia. Ela não corre risco de morrer. Um policial ouvido pelo

disse ser forte a hipótese de Alessandra Brasil, que era muito conhecida na região, ter sido morta por vingança. A polícia já teria pistas dos suspeitos. Nayara Montenegro teria sido atingida por estar perto da amiga no momento do ataque. A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) investiga o caso, que está sendo acompanhad­o pela Coordenado­ria Especial da Diversidad­e Sexual.

Em nota, o coordenado­r da Diversidad­e Sexual do Rio, Nelio Georgini, lamentou o ocorrido. “Precisamos lutar contra a transfobia, a LGBTfobia, e qualquer crime de ódio contra às minorias”, afirmou.

Pelas redes sociais, amigos prestaram solidaried­ade. “Hoje meu coração chora. Família Brasil está de luto. Todas e todos choram a sua falta, Alessandra Brasil. Te amo, minha musa inspirador­a”, postou uma internauta. “Nayara Montenegro, forças, amiga, você vai sair dessa bem e viva”, disse outra.

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Alessandra (E) e Nayara foram baleadas em Campo Grande, ontem

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