Trans atacadas por atiradores
Transexual foi morta e outra ferida. Homobia ou vingança?
Vingança ou homofobia. Estas são as linhas de investigação da polícia para esclarecer a ação que resultou no assassinato de uma mulher transexual, ontem, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e deixou outra transexual ferida.
Alessandra da Silva Alves, de 50 anos, conhecida como Alessandra Brasil, e Nayara Montenegro, de 30, estavam na Rua Amaral Costa quando foram surpreendidas por homens que passaram de carro atirando. Alessandra morreu na hora. Nayara, atingida na barriga e na coxa, foi socorrida e levada para o Hospital Carlos Chagas, em Campo Grande, onde passou por cirurgia. Ela não corre risco de morrer. Um policial ouvido pelo
disse ser forte a hipótese de Alessandra Brasil, que era muito conhecida na região, ter sido morta por vingança. A polícia já teria pistas dos suspeitos. Nayara Montenegro teria sido atingida por estar perto da amiga no momento do ataque. A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) investiga o caso, que está sendo acompanhado pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual.
Em nota, o coordenador da Diversidade Sexual do Rio, Nelio Georgini, lamentou o ocorrido. “Precisamos lutar contra a transfobia, a LGBTfobia, e qualquer crime de ódio contra às minorias”, afirmou.
Pelas redes sociais, amigos prestaram solidariedade. “Hoje meu coração chora. Família Brasil está de luto. Todas e todos choram a sua falta, Alessandra Brasil. Te amo, minha musa inspiradora”, postou uma internauta. “Nayara Montenegro, forças, amiga, você vai sair dessa bem e viva”, disse outra.