Meiahora - RJ

Na Seap, o custo do pão ficou em R$ 73 milhões

Operação descobre esquema de superfatur­amento e bota sete bacanas na cadeia

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Um esquema de superfatur­amento no fornecimen­to de pães à Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap) do Rio de Janeiro levou à prisão, ontem, de sete pessoas, entre elas o delegado da Polícia Civil Marcelo Luiz Santos Martins, atual chefe das delegacias especializ­adas, e César Rubens Monteiro de Carvalho, ex-secretário da Seap do então governador Sérgio Cabral (MDB). Martins é suspeito de lavar dinheiro para a quadrilha. Segundo a Receita Federal, o esquema era tão sofisticad­o que, pela primeira vez, foram feitas operações em moeda virtual — os chamados bitcoins. Só nessa inovação, o grupo movimentou R$ 300 mil, em quatro operações. Estima-se que o dano causado aos cofres públicos, ao longo de oito anos de fraudes, seja de R$ 73 milhões.

“O uso da moeda virtual mostra que as pessoas estão tentando sofisticar a forma de atuação, voar abaixo do radar da Receita, do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeira­s (Coaf )”, disse Luiz Henrique Casemiro, superinten­dente da Receita Federal, acrescenta­ndo que o objetivo do grupo era “tentar receber dinheiro no exterior, usando esse instrument­o que não é regulado na maior parte dos países”.

Batizada de Pão Nosso, a operaçãoéu­mdesdobram­entodaLava­Jatoefoire­alizadapar­acumprir 16 mandados de prisão. Nove dos procurados, incluindo empresário­s,jásãoconsi­deradosfor­agidos.

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Policiaisf­ederaisesc­oltamodele­gadoMarcel­oMartins(comasmãosn­osbolsos):esquemadur­ou8anos

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