Vereadora é assassinada
Carro de Marielle Franco, do PSOL, foi atacado no Estácio. Motorista também morreu
Avereadora Marielle Franco (PSOL), de 38 anos, foi assassinada a tiros, na noite de ontem, no Estácio, Centro do Rio. O motorista, que dirigia o carro, também foi morto. Uma assessora dela, que a acompanhava, foi ferida por estilhaços, atendida por bombeiros no local e liberada, bastante abalada.
Marielle voltava de um evento na Rua dos Inválidos, na Lapa, quando um carro emparelhou com o seu na Rua Joaquim Palhares, próximo ao metrô, e dois bandidos dispararam pelo menos nove tiros, fugindo em seguida. A principal linha de investigação da polícia é execução.
“Estamos exigindo uma apuração rigorosa dos fatos para que a gente saiba o que aconteceu. Marielle representava uma novidade na política, com uma atuação muito importante. Foi breve, mas foi decisiva para uma série de coisas”, declarou o vereador Tarcísio Motta (PSOL), que esteve no local do crime junto com outros parlamentares. Segundo eles, não havia informação de que Marielle estivesse sendo ameaçada.
Segundo o assessor do PSOL Marcio Anastácio, a vereadora teria levado os nove tiros, cinco na cabeça. O motorista, que não teve o nome divulgado até o fim da noite de ontem, era particular da parlamentar. Policiais da Delegacia de Homicídios fizeram perícia no local.
Em Brasília, o deputado federal Chico Alencar (PSOL -RJ) exigiu apuração rigorosa: “É muito chocante, é muito violento. Ela lutava pela paz e pela Justiça. Tudo indica que não foi assalto.”
Militantes do PSOL e familiares da vereadora organizaram uma vigília, a ‘#justiçaparamarielle’, na sede do partido, na Lapa, para receber e consolar outros militantes e amigos da parlamentar.