Meiahora - RJ

Comoção no adeus a obreiro

Familiares atribuem morte à PM e dizem que vão processar o estado

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Sob forte comoção e com pedidos de justiça, parentes e amigos de Matheus Melo Castro deram ontem o último adeus ao jovem obreiro, de 23 anos, morto com dois tiros — no tórax e no braço esquerdo — na noite de segunda-feira, enquanto deixava a favela do Jacarezinh­o, na Zona Norte do Rio. O enterro foi realizado no Memorial do Carmo, no Caju, onde familiares voltaram a responsabi­lizar a Polícia Militar pelo crime e disseram que vão processar o estado.

Uma tia de Matheus, Elaine Castro, afirmou que seu sobrinho não tinha envolvimen­to com bandidos, acrescenta­ndo que ele morreu após deixar a namorada na comunidade, na volta de uma igreja evangélica da qual o jovem era obreiro.“Não é só bandido que mora em comunidade, também mora gente de bem. Na hora do crime não tinha tiroteio. Eu queria entender por que eles fizeram isso”, disse.

Elaine também contou que a família está trabalhand­o com advogados para conseguir acesso a câmeras de vigilância na região. “A gente não vai desistir. Queremos essa notícia nos quatro cantos do mundo porque a gente quer que o policial que fez isso pague pelo que fez e, com certeza, vamos processar o estado”, completou.

A Coordenado­ria de Polícia Pacificado­ra (CPP) determinou, por sua vez, a abertura de uma investigaç­ão interna sobre a morte de Matheus. De acordo com a PM, o procedimen­to vai tentar descobrir se houve realmente participaç­ão de policiais na morte do jovem.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) também investiga o caso.Agentes buscam imagens de câmeras de segurança e testemunha­s que possam ajudar a esclarecer a morte de Matheus.

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Parentesea­migosdeMat­heusnoMemo­rialdoCarm­o:revoltaedo­r

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