Testemunha do crime
Homem diz que foi o primeiro a prestar socorro e a chamar polícia e bombeiros
Um homem que passava no local logo após o assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, na noite de quartafeira, no Estácio, diz que foi o primeiro a prestar socorro à assessora da parlamentar que também estava no carro. Segundo ele, que pediu para não se identificar, ela chorava muito e tinha acabado de sair do veículo e estava coberta de sangue, mas sem ferimentos de bala. De acordo com o homem, duas mulheres teriam presenciado o momento do crime e informado que os autores dos tiros que mataram Marielle e Anderson estariam em um carro que emparelhou com o da parlamentar. Elas, no entanto, não identificaram o modelo, nem anotaram a placa.
“Quando cheguei e fui ajudar a assessora, havia duas mulheres na calçada, que disseram que viram um carro emparelhar com o veículo em que a vereadora estava e que os tiros foram disparados com os veículos em movimento. Foi tudo muito rápido”, afirmou.
A testemunha que ajudou no socorro relatou que vinha em seu automóvel e, quando passou pelo trecho da Joaquim Palhares, no cruzamento com a Rua João Paulo I, percebeu o veículo da vereadora parado na pista da esquerda, perto da entrada do posto de vistoria do Detran. Ele viu a assessora parada fora do carro e resolveu voltar para ajudá-la.
“Quando cheguei perto da assessora ela estava fora do carro. Perguntei se ela estava ferida e ela, que estava chorando muito, disse que a Marielle tinha sido baleada. Aí que eu percebi o que estava acontecendo. Acionei a PM, que levou uns dez minutos para chegar”, relatou o homem, ressaltando que a ambulância dos bombeiros demorou cerca de meia hora até chegar ao local.
‘AMBULÂNCIA DeMOROU CeRCA De MeIA HORA ATÉ CHegAR AO LOCAL’