Vila Kennedy e Batan vão perder suas UPPs
Segurança nas duas comunidades deve ficar a cargo do 14º BPM, de Bangu
Duas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) — a da Vila Kennedy e a do Batan, ambas na Zona Oeste do Rio —, estão com os dias contados. É o que indicou o general Mauro Sinott, ontem, em entrevista coletiva, ao deixar o comando da Primeira Divisão do Exército para assumir a chefia do Gabinete de Intervenção Federal no estado do Rio de Janeiro. A Vila Kennedy serviria de modelo para a intervenção.
“Ao longo do tempo haverá uma saída do Exército para o retorno da polícia. Não tem data específica para a tropa sair, está condicionada à recuperação operacionaldo14ºBatalhão”,disseSinott, referindo-se ao Batalhão da Polícia Militar em Bangu, que na semana passada foi o primeiro a passar por inspeção da equipe de intervenção, comandada pelo general Walter Souza Braga Netto.
O desmonte das duas UPPs levará os policiais militares que servem nelas a reforçar o efetivo do 14º BPM.“Existem várias (UPPs) que estão sendo avaliadas em função de seu desempenho, de acordo com a finalidade a que se destinava. E pode servir também para a recomposição dos efetivos dos batalhões. Provavelmente a (UPP) Vila Kennedy entrará nisso. Batan também vai entrar na recomposição de efetivos e até de adestramento do pessoal novamente”, acrescentou Sinott.
Horas antes, o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Carlos Cinelli, havia declarado que a retirada dos militares que apoiam o patrulhamento naVila Kennedy começaria num prazo de duas a três semanas. Desde 23 de fevereiro, o Exército vem realizando ações rotineiras de remoção de barricadas e de cerco à comunidade.