Psol pede segurança para políticos visados
Anúncio coincide com homenagens a Marielle em Brasília e no Rio
Enquanto as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes não são esclarecidas, o Psol do Rio de Janeiro vai pedir proteção para os políticos do partido considerados mais expostos a risco. A solicitação será feita nos próximos dias à Secretaria Estadual de Segurança.
“O objetivo é garantir que o partido continue na luta contra as máfias que assolam o Rio de Janeiro. Não daremos nem um passo atrás”, afirmou o vereador Tarcísio Motta.
Os prováveis nomes incluídos no pedido são do próprio Tarcísio, membro da CPI dos Ônibus e pré-candidato ao governo do estado, e da vereadora Talíria Petrone, de Niterói, que já recebeu várias ameaças e pode vir como vice na eleição estadual, em outubro.
Também ontem, a viúva e a irmã de Marielle, Monica Benício e Anielle Silva, participaram de uma homenagem à vereadora na Câmara dos Deputados, em Brasília. Elas cobraram uma resposta para o crime. A sessão solene marcou o o Dia Internacional do Direito à Verdade, oficialmente comemorado amanhã.
No caminho até o plenário, Monica e Anielle cruzaram com o deputado Alberto Fraga (DEMDF), que é alvo de representação do PSOL no Conselho de Ética da Casa. Não houve reação de nenhum dos lados no encontro. O partido acusa Fraga, que é coordenador da chamada bancada da bala na Câmara, de quebra de decoro por ter divulgado informações falsas sobre Marielle, no Twitter, há uma semana.
Autora do pedido para realização da sessão solene, a deputada Luiz Erundina (PSOL-SP) disse que “Marielle Franco deu sua vida pelos direitos humanos, pela liberdade democrática e igualdade dos seres humanos no país. Marielle vive”.