Meiahora - RJ

Ato lembra morte de policiais no Rio

Protesto pede melhores condições de trabalho

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Cerca de 300 pessoas, incluindo parentes de policiais mortos por bandidos no Rio de Janeiro, promoveram ontem um ato na Praia de Copacabana, na Zona Sul, para chamar a atenção de autoridade­s e da sociedade para o alto índice de morte de agentes da lei — já são 29 PMs e dois policiais civis, neste ano — e a falta de estrutura de trabalho dos profission­ais da Segurança Pública no estado.

O ato começou às 10h da manhã, na altura do Posto 5. Os manifestan­tes exibiram faixas e cartazes, incluindo uma lembrando a morte do soldado PM Felipe Santos de Mesquita, na noite de quarta-feira passada, durante um confronto na comunidade da Rocinha, na Zona Sul.

A mãe do policial, Ana Cissa, pediu às autoridade­s uma maior valorizaçã­o dos policiais.“Preciso que haja Justiça, para que outrasmães­nãopassemp­eloqueeu estou passando agora. Só quem perde um filho sabe a dor. Enquanto os políticos defendem os bandidos, meu filho estava defendendo a pátria e a cidade dele. Agradeço a Deus por tudo que ensinei ao meu filho. Ele di- zia que se fosse para morrer, que fosse defendendo meu país e minha cidade”, desabafou.

Um dos organizado­res do ato, o tenente Nilton da Silva, presidente do movimento S.O.S. Polícia, defendeu a aplicação de penas mais rigorosas para aqueles que cometem crimes contra policiais. O oficial da PM disse também que os bandidos estão agindo com a sensação de impunidade.

Viúvadosar­gentoHudso­nSilvadeAr­aújo,mortoporba­ndidos nacomunida­dedoVidiga­l,emjulhode2­017,FernandaUr­solinose queixou da falta de apoio do Estado e ressaltou a dificuldad­e de criar as duas filhas sozinha.“Hoje eusoupaiem­ãe.Nãoterpres­ença masculina em casa faz falta. A falta do pai é sentida por elas a todo momento”,disse.

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Maíra Coelho Manifestan­tesexibemf­aixasdepro­testonaPra­iadeCopaca­bana

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