Praça de guerra
Confronto não dá trégua em bairro da Zona Oeste
APraça Seca, na Zona Oeste doRio,voltouaserpalcode confrontos entre traficantes e milicianos, no início da noite de ontem. Pelas redes sociais, moradores relataram o reinício dos tiroteios que há meses vêm infernizando a região. “Começou de novo. Meu Deus, será que nunca maisteremospaz?”,sequeixouum internauta.“Onde estão as forças de segurança? Estamos esquecidos”, desabafou outro.
Segundo um levantamento do aplicativo Fogo Cruzado, a Praça Seca foi o bairro com maior registro de disparos de armas de fogo em fevereiro, com 47 tiroteios registrados, uma média de três confrontos a cada dois dias.
Na segunda-feira à noite, após mais um dia de confrontos, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fizeram uma operação na comunidade Bateau Mouche.Umsuspeitofoibaleado, eumfuzilcalibre556eumapistola 40 foram apreendidos.
A guerra entre traficantes, que já controlam a comunidade da Chacrinha, e milicianos, que ocupam a parte alta da Bateau Mouche, se arrasta há mais de seis meses. Nos últimos dias, os confrontos se acirraram, com os traficantes investindo quase diariamente contra os rivais. As duas comunidades ficam em lados opostos da Avenida Cândido Benício, por onde passa umas das principais linhas do BRT.
Segundo investigações da polícia, a ordem para que traficantes invadissem a Bateau Mouche em definitivo teria partido do traficante Luis Cláudio Machado, o “Marreta”, chefe do tráfico no Morro da Covanca, também em Jacarepaguá. Marreta cumpre penanopresídioFederaldePortovelho, em Rondônia.