Cabral vira réu pela 22ª vez
Ex-governador é acusado em esquema com Orlando Diniz, da Fecomércio
OMinistério Público Federal (MPF) denunciou, ontem, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e outras 12 pessoas, entre elas o presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, por corrupção e lavagem de dinheiro. Este é o 22º processo no qual o exgovernador é arrolado.
Já o MP estadual entrou com ação de improbidade administrativa contra Cabral, pedindo a devolução de R$ 36 milhões aos cofres públicos. Mais sete réus ligados à Federação de Transportes do Estado do Rio (Fetranspor) também foram arrolados, incluindo Lélis Marcos Teixeira, ex-presidente da entidade, e Jacob Barata Filho. Os denunciados reduziram a receita tributária ao dar desconto de 50% no IPVA para empresas de ônibus. O MP pede ainda a inelegibilidade do exgovernador de cinco a oito anos.
Já segundo o MPF, Diniz foi preso, no fim do mês passado, em ação que revelou mais um braço daorganizaçãocriminosacomandadaporCabralnoEstado.Como presidente da Fecomércio, ele teriasidoresponsávelpelodesviode pelomenosR$10milhõesdoscofres públicos.“Não por acaso (Diniz) é vizinho do ex-governador no luxuoso prédio do Leblon, na Rua Aristides Espíndola, e no conhecido Condomínio Portobello, em Mangaratiba, apesar de ter negado essa relação estreita e até mesmo a relação de vizinhança em seu interrogatório prestado perante a autoridade policial”, revela a peça de acusação.