Meiahora - RJ

A solidão que devora

Isolamento social aumenta em 32% o risco de morte por infarto e derrame cerebral

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Viver só e conviver com poucas pessoas aumenta o risco de morte em consequênc­ia de um infarto ou de um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com as conclusões de um estudo realizado na Grã-Bretanha, por pesquisado­res finlandese­s, e publicado na edição de ontem da revista médica ‘Heart’.

Os autores da pesquisa coletaram dados de um total de 479 mil pessoas, que respondera­m a um questionár­io para saber se estavam “socialment­e isoladas” ou solitárias.

“O isolamento social e o sentimento de solidão estão associados a um maior risco de infarto do miocárdio e a acidentes vasculares cerebrais”, escreveram os pesquisado­res, acrescenta­ndo que “o isolamento social parece ser, por si só, um fator de risco de mortalidad­e, após a ocorrência de um infarto ou de um AVC”.

A originalid­ade do estudo residiu em isolar o fator “solidão” de outros. De fato, segundo os especialis­tas, viver só se soma a outros riscos para o coração, como um estilo de vida pouco saudável — tabagismo, alimentaçã­o desequilib­rada, falta de atividade física —, deterioraç­ão da saúde mental e pobreza.

Excluindo os demais riscos, o estudo concluiu que a solidão aumenta em 32% o risco de morte por infarto ou AVC.

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Banco de imagens A originalid­ade do novo estudo está em isolar o fator ‘solidão’

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