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Partidários do ex-presidente condenam decisão. Adversários elogiam ‘fim da impunidade’
Aordem de prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, emitida pelo juiz Sérgio Moro, na tarde de ontem, atrapalhou os planos do Partido dos Trabalhadores (PT), que havia convocado para hoje, às 18h, um ato em defesa do ex-presidente, com a presença dele, em São Bernardo do Campo (SP). Em nota à imprensa, a defesa de Lula disse que a decisão de Moro“contraria decisão proferida pelo próprio TRF4, no dia 24/01”, quando condicionou o início do cumprimento da pena, de 12 anos e um mês, “ao exaurimento (esgotamento) dos recursos possíveis de serem apresentados para aquele tribunal”, em Porto Alegre.
Pouco antes, um dos advogados de Lula, José Roberto Batochio, havia dito que a decisão de Moro não respeita a possibilidade de apresentar os últimos recursos. “Ainda cabe recurso. Essa volúpia de prender revela a arbitrariedade sem fim. Os falcões estão expondo as garras”, completou Batochio.
No meio político, a presidente do PT, senadora Gleici Hoffmann (PR), afirmou que esta“será uma prisão política e uma prisão que vai expor o Brasil ao mundo”como“uma“republiqueta de bananas”, além de classificar a ordem de Moro de “uma violência”. Já o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, disse que “o Brasil é uma democracia madura, onde as instituições funcionam plenamente”.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lamentou a decretação da prisão de um ex-presidente, mas acrescentou: “Tenho a convicção de que isso simboliza (...) o fim da impunidade”. Na mesma linha reagiu a senadora Ana Amélia (PP-RS).