Vereadores são ouvidos
Delegacia quer saber o que Girão estava fazendo na Alerj no dia do crime
Indiciado na CPI das Milícias em 2008, o vereador Zico Bacana (PHS) foi convocado para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DH) sobre a morte da vereadora Marielle Franco, ontem à tarde. A parlamentar do Psol e o motorista Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, foram mortos a tiros, em 14 de março, no Estácio. Na tarde do crime, câmeras de segurança flagraram a presença do ex-vereador Cristiano Girão Matias e um paramilitar no sétimo andar, onde fica o gabinete de Bacana, na Câmara dos Vereadores.
Ao chegar na delegacia, o vereador do PHS disse que os policiais militares entram sempre nas linhas de investigação da polícia.“Todo policial é cobrado. A Polícia Civil trabalha em cima de provas e denúncias. Minha vinda aqui é mais para elucidar esse crime, que com certeza será resolvido”, reforçou o parlamentar.
Bacana afirma que todos deverão ser chamados para depor. “Espero que o caso seja elucidado. Com certeza todos nós, vereadores, temos que ser investigados, assim como cada cidadão que naquele dia participou do cotidiano dela.
Além de Bacana, outros três vereadores foram convocados para prestar depoimento na DH: Renato Cinco e João Batista Oliveira de Araújo, o Babá (que assumiu o mandato de Marielle) ambos do Psol; e Ítalo Ciba, do Avante, foram intimados como testemunhas por causa das relações pessoais de cada um com Marielle nos trabalhos legislativos.
Renato Cinco disse que não poderia revelar o teor do seu depoimento, que durou quatro horas, para não prejudicar as investigações. No entanto, ele afirmou que está confiante no andamento do trabalho da polícia para que os culpados sejam identificados.