Tiros na faculdade
Pesquisador mata quatro e é preso, na Turquia
Quatro pessoas morreram ontem quando um homem abriu fogo em uma universidade de Eskisehir, oeste da Turquia. O atirador, um funcionário da Universidade Osmangazi, matou um vice -reitor, dois membros do corpo acadêmico e uma secretária e foi detido. Ainda não se sabe o que motivou o ataque.
Segundo o reitor Hassan Gönen, o atirador também era um pesquisador. Ele entrou no gabinete do decano, que não estava no local, depois saiu e matou quatro pessoas com uma pistola.
De acordo com o reitor e funcionários da universidade, o atirador era conhecido por ter acusado vários empregados da instituição de serem partidários do clérigo Fethullah Gülen, apontado pelo governo turco como o mentor do golpe de Estado fracassado de 2016.“Era uma pessoa perturbada”, afirmou Gönen.
Segundo a imprensa local, funcionários haviam denunciado o atirador por fazer “acusações mentirosas” sobre ligações políticas. Desde a fracassada tentativa de golpe de estado, as autoridades turcas prenderam, demitiram ou suspenderam milhares de pessoas, incluindo muitos professores e acadêmicos, suspeitos apoiarem o movimento golpista.
Tem havido relatos na imprensa local de pessoas acusando injustamente colegas ou vizinhos, a fim de tirar proveito da situação junto às autoridades. Em uma transmissão de vídeo ao vivo nas redes sociais, Cemil Yücel, o vice-reitor que era o alvo inicial do atirador, descreveu o agressor como uma “pessoa desequilibrada e objeto de muitas queixas”.
Yulia Skripal, que sofreu um ataque com agente neurotóxico com seu pai, o ex-espião russo Serguei Skripal, em Salisbury, na Inglaterra, declarou ontem se sentir “cada dia melhor”. Está é a primeira declaração de Yulia desde que foi internada com o pai, em 4 de março. “Acordei há mais de uma semana e estou feliz em poder dizer que me sinto cada dia melhor”, disse a mulher de 33 anos, por meio de comunicado divulgado pela polícia.
Yulia agradeceu o interesse e pediu que respeitem sua privacidade na recuperação.
Ontem a TV russa exibiu uma gravação em que uma voz que seria de Yulia afirmaria estar prestes a sair do hospital. A gravação foi enviada por uma prima dela, mas a autencidade não pôde ser confirmada.
“Tudo está bem, tudo pode ser solucionado, estamos vivos e nos restabelecendo”, afirma a voz, supostamente de Yulia. Segundo a gravação, o pai de Yulia, o ex-espião russo radicado na Inglaterra, Serguei Skripal “está descansando, dormindo”. O ataque ao ex-espião e sua filha provocou crise diplomática.