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Juiz manda Adriana cumprir pena de 20 anos, à qual foi condenada em 2016
AJustiça expediu um novo mandado de prisão para Adriana Ferreira Almeida Nascimento, viúva de Renné Senna, ganhador da MegaSena, assassinado em 2007. A decisão foi emitida ontem pelo juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Em dezembro de 2016, Adriana foi condenada a 20 anos de prisão, como mandante do assassinato do ex-marido, e ela cumpria prisão domiciliar. De acordo com o juiz,“não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise que tem por objeto crime praticado há mais de uma década”.
Renné foi assassinado dois anos após ter ganhado o prêmio, de R$ 52 milhões. As investigações apontaram que os executores foram dois ex-seguranças da vítima e que a dupla teria sido contratada por Adriana. Em 2009, os assassinos foram condenados a 18 anos de prisão, cada.
Adriana chegou a ser inocentada em 2011, mas a sentença foi anulada em 2014 pelo Tribunal de Justiça, depois que o motorista Otávio dos Santos Pereira, genro de Renné, denunciou a quebra de incomunicabilidade entre dois jurados. O relacionamento entre Renné e Adriana, 25 anos mais nova do que ele, começou em 2005, pouco depois de ele tirar a sorte grande na Mega-Sena.
De acordo com o Ministério Público, Adriana teria ordenado a morte do marido após Renné ter dito que ia excluí-la de seu testamento, por saber que estava sendo traído. O lavrador, que era cadeirante, foi executado em 7 de janeiro de 2007, com sete tiros, enquanto estava num bar, sem seguranças. Os dois assassinos chegaram numa moto, encapuzados, e os tiros foram disparados pelo carona. As suspeitas recaíram sobre Adriana ainda no dia do crime.