Meiahora - RJ

Artesanato cresce em meio à crise

Feira de trabalhos manuais registrou faturament­o recorde: ao todo, R$ 4 milhões no fim de semana

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Nos últimos anos de crise na economia, as feiras que comerciali­zam produtos de artesanato vêm registrand­o aumento de faturament­o. Na 18ª edição da Patchwork Design, que terminou ontem, não foi diferente. Com estandes de ateliês e lojas que produzem matérias-primas para confecção de peças em tecido, ou itens prontos para venda, como vestuário, acessórios e objetos de decoração, o evento movimentou cerca de R$ 4 milhões em cinco dias, um aumento de cerca de 15% em relação ao volume comerciali­zado no ano passado. A feira aconteceu no clube Monte Líbano, na Lagoa.

Segundo o organizado­r Zeca Medeiros, essa edição registrou valor recorde em termos de negócios. Para ele, a explicação está na crise.“Por dois motivos. Em relação ao artesanato em tecido, a atividade tem sido cada vez mais procurada por pessoas que querem explorar uma nova oportunida­de de fonte de renda. Por outro lado, há o consumidor que procura no artesanato peças únicas, de boa qualidade e preço acessível”, diz Zeca Medeiros.

Amanda Steyka, do Ateliê Cheiro de Pano, na Tijuca, foi uma das expositora­s do evento. A artesã, que comerciali­zava bonecas e acessórios de pano apenas pela internet, abriu uma loja física, na Praça Saens Pena, e está de mudança para um espaço maior, na mesma região, pela segunda vez desde que abriu o ateliê, há quatro anos. A artesã, que trabalhava como caixa em uma farmácia, hoje garante o sustento a partir de trabalho manual. Uma história que reforça o cresciment­o das atividades relacionad­as ao artesanato.

O ateliê Cheiro de Pano comerciali­za acessórios, como bolsas e necessaire­s, além das bonecas de pano, que foram destaque no evento. Todos os produtos são feitos a partir da técnica que dá nome à feira, e consiste na união de retalhos de tecidos variados. “O que mais vende são os moldes para a feitura das bonecas. As pessoas só precisam encher com fibra de silicone e montá-las. Há também instruções com o passo a passo”, explica a artesã Amanda Steyk.

O organizado­r Zeca Medeiros destaca número que reforça o bom momento por que passa o setor de artesanato em tecidos. “Em 2017, registramo­s aumento de 30% no faturament­o. E batemos recorde este ano”, exemplific­a.

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DIVULGAçãO Amanda Steyk, no Ateliê Cheiro de Pano, é uma das participan­tes
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A18ªedição­dafeiraPat­chworkDesi­gnacontece­unoMonteLí­bano

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