PM tentou escapar a pé e acabou executado
Capitão teria gritado ‘perdi’ antes de levar mais cinco tiros
ADelegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) analisa imagens de câmeras de segurança que mostram o ataque ao capitão Stefan Cruz Contreiras em busca de pistas que levem aos dois homens que o mataram,ontem,emJacarepaguá. Um vídeo publicado na redes sociais mostra o momento em que o capitão passava pela Rua Capenha em uma moto descaracterizada do batalhão e foi fechado por bandidos em outra moto — os criminosos usavam capacete.
No vídeo, o policial do 18º BPM (Jacarepaguá) larga a moto e tenta se afastar. Um dos homens o revista, enquanto o outro levanta a moto. Percebendo que seria identificado, ele tenta correr e se abrigar atrás de um poste, mas é baleado e cai, enquanto os bandidoscontinuamatirando.O capitão morreu no local.
Segundo o delegado Pedro Pilher, da Delegacia de Homicídios (DH-Capital), o capitão levou pelo menos 12 tiros. “Ele levou tiros em todas as partes do corpo.Elelargouamotoecorreuem direçãoaoposte.Estamostentando entender se ele teve tempo de reagirouseatiraramnelemesmo sem reação”, disse Pilher.
Uma testemunha contou que o oficial foi executado à queima-roupa quando já estava caído. Ela disse que, após ser atingido e gritar “perdi, perdi”, um dos bandidos ainda atirou pelo menos cinco vezes.
O oficial chegava para trabalhar, por volta das 7h. A rua onde ele foi assassinado dá acesso à sede do batalhão, em que estava lotado há um mês, depois de ter servido no 40º BPM (Campo Grande), também na Zona Oeste. A mudança aconteceu nas trocas de comandos de batalhões feitas pela secretaria de Segurança.
O capitão estava na PM desde 2002, era casado e não tinha filhos. O sepultamento será hoje, às 15h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.