‘Rapa’ no Camelódromo
Draco prende quatro por extorsão e venda de boxes no Centro Comercial da Uruguaiana
Quatropessoasforampresas, ontem de manhã, durante operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE), com apoio da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, no Camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio. Um suspeito está foragido, segundo a Polícia Civil. Segundo a investigação da especializada, o bando é acusado de cobrar taxas ilegais aos comerciantes e de vender boxes no local poratéR$30mil.Ospoliciais,que também cumpriram mandados de busca e apreensão, recolheram documentos,planilhasdecobrança,relatóriosdefaturamento,relógios, joias e uma falsa pistola.
Ainvestigaçãocomeçouapóso comparecimento à Draco de um comerciante que passou a sofrer extorsões do grupo. Ele denunciou que o bando cobrava R$ 5 mil para que os seus boxes pudessem funcionar. Os criminosos lacraram as unidades e exigiram o pagamentoimediatoparaquefosse autorizada a reabertura.
A polícia também descobriu que alguns boxes eram vendidos por R$ 30 mil. A venda dos espaçoséilegal,jáqueoscomerciantes que atuam no local são, na verdade, permissionários, ou seja, têm apenas a“permissão de uso”dada pelaPrefeituradoRio,queéaverdadeira proprietária do local.
O presidente do Centro Comercial da Uruguaiana, João Lopes do Nascimento, e o vice Antonio Carlos Ramos Peixoto foram presos na operação de ontem, junto com Josinaldo Pereira dos Santos, conselheiro do CCU, e Junior Barbosa Ricardo. O foragido, segundo a Polícia Civil, é o chefe da segurança do local, Sidney Nascimento dos Santos, conhecido como Grande. Eles responderão por associação criminosa,falsidadeideológica,extorsão, venda de boxes por permissionários e a prática de outras atividades ilegais como a venda e locação de espaços públicos.