Milícia: 18 são denunciados
MP diz que paramilitares atuam em Santa Cruz e Paciência
OMinistério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou, ontem, denúncia contra 18 dos 159 suspeitos presos em uma operação contra a milícia, em um sítio, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na madrugada de 7 de abril. Amaioriadosdetidosfoilibertada por ordem da Justiça. Dos 18 denunciados, 11 continuam presos.
SegundooMPRJ,os18denunciados“integramorganizaçãocriminosa que atua em Santa Cruz e Paciência,naZonaOeste,comramificações em outras localidades do estado, para a prática de infraçõespenaiscomoposseeporteilegaldearmasdefogodeusorestrito, homicídios e extorsões contra moradores,comerciantesemotoristasdetransportealternativo”.A denúnciaéassinadapelospromotoresdeJustiçaLuizAntonioCorrêaAyreseElisaMartinsConstant.
Ainda segundo o MPRJ, os denunciados agiam sob o comando de Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, chefe da principal milícia da região, e de outro miliciano, identificado apenas como “Danilo”. “Grupos de milicianos atuam naquela região desde 2006, sendo que, ao longo dosanos,houvediversasmudanças nos seus quadros, com a prisão de milicianos e o ingresso de novospersonagensnaquadrilha, muitos oriundos do narcotráfico”, diz o texto da denúncia.
O MPRJ pede a condenação dos denunciados a penas que podem ser superiores a quatro anos. No dia da operação, acontecia uma festa da milícia, no sítio, segundo a polícia, e os agentes foram recebidos a tiros. Cinco homens, que seriam seguranças de “Ecko” foram mortos e fuzis e pistolas apreendidos.