Tá em falta e tá caro
Consumidores não encontram produtos nos mercados e se deparam com preços altos
Após cinco dias da greve dos caminhoneiros que está parando o país, os cariocas correram ontem para os supermercados com medo da escassez dos alimentos e se depararam com preços altos e a falta de itens básicos, como verduras, legumes e ovos. A batata inglesa, por exemplo, que teve o preço quadriplicado no início da semana, já não é mais encontrada nas prateleiras na maioria dos estabelecimentos. O mesmo acontece com verduras, como salsa e cebolinha, em falta desde o início do bloqueio das estradas. Tomate e cebola estão sendo vendidos pelo dobro do preço da semana passada, e a qualidade é visivelmente inferior.
“Desisti de comprar o tomate porque está horrível e com o preço a R$ 10 (o quilo). Antes eu comprava por no máximo R$ 5. A cada dia de greve a situação nos mercados piora”, reclamou a aposentada Léa Machado, que foi a um hortifrúti da Lapa e saiu decepcionada.
“Segunda-feira vamos ter que inventar alguma refeição diferente, porque sem batata e tomate é difícil. Procurei em três mercadosenãoencontrei”,contouGraça Brito, comerciante, que estava em um supermercado na Rua Riachuelo, também na Lapa.
Segundo o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio, alguns estabelecimentos podem parar já na próxima semana por causa da falta de insumos. Ontem, o Cadeg (Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara), em Benfica, na Zona Norte, teve movimento muito baixo e diversos comerciantes fecharam as portas por falta do que vender e também por falta de compradores.
Preocupadocomoriscodedesabastecimento,ocasalRhianeNinaeDelsonLealpreferiuadiantar ascomprasdomês.“Ficamosalarmadoscomasnotíciasenofimde semana o supermercado deve ficar mais cheio, então decidimos vir antes. Os alimentos não perecíveis compramos em quantidades maiores, mas legumes como pimentão e cenoura, além de verduraseovosnãoconseguimosencontrar mais”, disse Delson