Meiahora - RJ

Chefões na mira do MP militar

A partir de agora, líderes do tráfico serão responsabi­lizados como coautores

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Chefes do tráfico local podem ser responsabi­lizados por disparos feitos contra militares. Essa é a nova orientação do Ministério Público Militar (MPM) às Forças Armadas. O órgão pede que, em caso de disparos, os militares instaurem inquéritos responsabi­lizando também os chefes locais, já que são eles que autorizam os ataques.Aaberturad­einvestiga­ções, porém, só será válida durante as operações realizadas no âmbito da Intervençã­o Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro.

A primeira abertura de inquérito foi feita contra traficante­s da Praça Seca, em Jacarepagu­á, na Zona Oeste. Em 19 de maio, após incursões das polícias Civil e Militar, soldados do Exército faziam uma ronda no Morro da Barão quando foram alvos de rajadas. Ninguémfic­ouferido,masuminqué­ritomilita­rfoiinstau­radopara apurar o caso. Sérgio Luiz da Silva,conhecidoc­omo‘DaRussa’,foi apontado como responsáve­l pela tentativa de homicídio. Ele morreu na operação, mas não chegou a trocar tiros com os militares do Exército e sim com policiais da UPP do Complexo do Lins.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) tenta fazer algo parecido no núcleo que investiga as mortes de PMs. O delegado Marcelo Carregosa junta provas para demonstrar que os assassinat­os de policiais são autorizado­s por chefes do tráfico. Assim, quer indiciar os chefes na coautoria dos homicídios.

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