Não mexa nas amídalas
Removê-las deixa as crianças mais expostas a doenças respiratórias, diz pesquisa
Crianças que têm as amídalas removidas correm risco três vezes maior de desenvolver asma e outras doenças respiratórias graves, de acordo com um estudo realizado por cientistas das universidades de Copenhague, na Dinamarca, e Melbourne, na Austrália. Os pesquisadores analisaram os dados médicos de 1,2 milhão de pessoas ao longo de 30 anos.
A cirurgia para remoção das amídalas era comum em meados do século passado. Mas, agora, os cientistas afirmam que seus riscos, no longo prazo, superam os benefícios que trariam para as crianças.
As amídalas — que são uma espécie de gânglios linfáticos, localizados na parte lateral da garganta e na parte de trás da boca — ajudam a combater infecções, mas podem elas próprias ser infectadas, o que causa dor e dificuldade para engolir.
Além de doenças respiratórias, retirar as amídalas e as adenoides (um tecido similar, localizado atrás do nariz) também aumenta a probabilidade de sinusite e de inflamação nos ouvidos, segundo o estudo.
Por isso, os pesquisadores sugerem que os médicos devem priorizar tratamentos alternativos à cirurgia de amídalas, como uma forma de proteger a saúde das crianças a longo prazo.
As doenças analisadas na pesquisa incluem asma, resfriados, pneumonia e desordem pulmonar obstrutiva crônica — um termo que se refere a doenças como a bronquite crônica e o enfisema.