Depoimento é remarcado
DH investiga ligação entre Domingos Brazão e testemunha
Oconselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Brazão, pediu ontem aos investigadores da Delegacia de Homicídios que remarcassem seu depoimento. A polícia quer saber a relação do ex-deputado estadual com uma testemunha dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista dela, Anderson Gomes.
Domingos Brazão informou que marcará o depoimento para um outro dia e horário. Na terça-feira, policiais estiveram na sede do TCE-RJ para intimar o conselheiro.
Marcelo Piuí, suplente do vereador Marcelo Siciliano (PHS), um dos investigados no caso, prestou depoimento ontem. Ele disse não saber o motivo da convocação e afirmou nunca ter ouvido falar em Marielle até o dia do crime, em 14 de março. “Nunca tinha ouvido falar nela. Não me considero suspeito. Não tem a menor chance. Fiquei surpreso. Não tenho nem ideia do que vim fazer aqui”, afirmou Piuí.
Para o interventor general Walter Braga Netto, as investigações das mortes “estão andando muito bem”. “Precisamos ter provas do que foi levantado até o momento. Houve um desserviço no vazamento de citação de nomes (dos supostos envolvidos)”, criticou o general.
Em maio, um delator disse ter presenciado uma conversa entre Siciliano e o ex-PM e miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que está preso. Segundo a testemunha, nesse encontro, eles teriam tramado a morte de Marielle. Ambos negaram o fato.