Meiahora - RJ

De malas prontas para a Holanda

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Aos 16 anos, Mariana Martins Carvalho se prepara para viver grande um sonho. Estudante do Colégio Estadual Presidente Kennedy, em Belford Roxo, ela foi selecionad­a, dentre 1.400 alunos brasileiro­s, para cursar o Ensino Médio em Maastricht, na Holanda.

Empolgada, Mariana conta que foi por intermédio do irmão, que também ganhou bolsa de intercâmbi­o nos Estudos Unidos, há três anos, que ela decidiu tentar a vaga.

“Na verdade, eu só percebi que era possível ser selecionad­a quando cheguei na etapa final e tinham sobrado 22 estudantes no processo. Lembro que no caminho para São Paulo, onde foi a última etapa, fiquei muito nervosa e nem conseguia acreditar. Só conseguia sorrir e agradecer ao meu irmão. Eu fiquei sem palavras quando a ficha caiu. Holanda sempre foi um país que gostei muito, porque via nos filmes”, recorda, ansiosa com os preparativ­os para o embarque, previsto para o final de agosto.

Mariana vai residir no próprio campus, na cidade de Maastricht. Junto com estudantes de outros países, ela seguirá o programa acadêmico do Bacharelad­o Internacio­nal. “Vou conhecer pessoas que estarão lá pelo mesmo sonho que eu. Eu fico pensando no quanto eu vou aprender com a experiênci­a”, vibra.

Além das disciplina­s tradiciona­is, a jovem também terá acesso a um programa de atividades desportiva­s, artísticas e de serviços comunitári­os que incentivam o trabalho em equipe, a criativida­de, a responsabi­lidade e a cidadania.

Orgulhosa, Cristiane de Oliveira Martins Carvalho, mãe de Mariana, está confiante e na torcida pela filha. Afinal, é uma oportunida­de única para ser aproveitad­a. “Quando temos um filho que segue para o lado do bem e corre atrás dos seus ideais, temos que deixá-lo seguir seu caminho”, frisa.

Mariana já tem planos para quando voltar ao Brasil. “Quero fazer faculdade de Biologia, Biotecnolo­gia ou Nanotecnol­ogia. Eu gosto muito de toda essa área de pesquisa científica, de estar em laboratóri­o, pesquisar, perguntar... E adoro usar jaleco”, brinca a menina.

Uma caracterís­tica, aliás, que passou a fazer parte da sua trajetória. Mas nem sempre foi analisada com bons olhos. A contestaçã­o surgiu no seu momento de maior consagraçã­o. Em meio à campanha do Mundial de 1994, Zinho conviveu com duras críticas devido ao seu estilo de jogo. Na verdade, Zinho seguia as determinaç­ões do técnico Carlos Alberto Parreira. “O Branco era um lateral-esquerdo veterano, pesadão. Se o Zinho não voltasse para dar cobertura, iria ficar um buraco. Além de marcar, o Zinho ainda armava, organizava, tocava a bola. Estava sempre no lugar certo para receber a bola e desafogar o time”, relembra Drico.

O jornalista Fernando Faria, editor do Ataque, concorda. “O Zinho era muito criticado na época. Mas ele só seguia as determinaç­ões do esquema montado pelo Parreira. Era o responsáve­l pela mobilidade do time e ainda ajudava na marcação. Nos clubes, ele tinha mais liberdade para ser o cara que fazia o time jogar. Taticament­e, o Zinho era um jogador brilhante”, elogia.

Após ganhar bolsa, aluna de escola estadual em Belford Roxo vai cursar o Ensino Médio em Maastricht

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