Onda de violência mata e fere policiais no Rio
Federal e civil são mortos. Outro civil e PM levam tiros. Tudo em menos de 24 horas
ilho, cuida da tua mãe. Você vai ser o homem da casa. Eu vou morrer”. Essas teriam sido as últimas palavras do policial civil Eduardo Freire Pinto Guedes Filho, conhecido pelos colegas de profissão como ‘Paquetá’, de 47 anos, morto a tiros quando chegava em casa, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, durante tentativa de assalto, ontem de manhã. Além de‘Paquetá’, outro policial foi morto e dois baleados, em menos de 24 horas, entre a noite de terça-feira e a tarde de ontem, em diferentes pontos do Rio.
A onda de violência contra agentes da Lei também vitimou o policial federal aposentado Luis Carlos Dias, assassinado no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, às 23h de terça-feira.
‘Paquetá’ foi baleado três vezes e chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. Ele estava à paisana e voltava do mercado quando um homem anunciou o assalto e exigiu o cordão de ouro do agente, que reagiu. Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte do agente. ‘Paquetá’ era lotado na Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), e tinha esposa e dois filhos.
No Recreio, o policial federal Luis Carlos Dias foi abordado na Avenida Guignard e se negou a entregar os pertences porque a carteira da PF estava junto do celular. Ele correu, foi baleado e morreu a 200 metros do local.