Meiahora - RJ

Taxa azeda na Copa

Estudo aponta que 76% do valor de caipirinha é para impostos

- RENAN SCHUINDT

Acaipirinh­a, preferênci­a nacional nos bares e estabeleci­mentos comerciais, também aparece no topo da lista dos produtos com maior tributação no país. Um levantamen­to da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que cerca de 76% do valor da bebida tipicament­e brasileira é destinado ao pagamento de impostos durante a Copa do Mundo. Os fogos de artifício, com 61%, está em segundo lugar na lista. A cerveja aparece no terceiro posto, com 55%.

Mas nem o preço salgado, somado à eliminação precoce da Seleção Brasileira no Mundial, é capaz de deixar um gosto amargo para os consumidor­es. No Rio, um dos principais pontos de venda da caipirinha é a Lapa, uma das regiões mais boêmias da cidade. A variação de preço é entre R$ 5 e R$ 18.“A gente costuma comprar caipirinha sempre na mesma barraquinh­a. Poderia ser mais barato”, diz Ana Beatriz, que estava acompanhad­a de um grupo de amigos enquanto assistia ao jogo entre Brasil e Bélgica, na semana passada.

Próximo aos Arcos, a calçada de um posto de gasolina já é conhecida como o point da bebida. Pelo menos seis ambulantes comerciali­zam a caipirinha lá. Mas não são os gringos que costumam fazer parte da clientela deles. “O fluxo aumenta na sexta-feira. Mas os turistas preferem comprar nos bares. Já os cariocas compram aqui mesmo com a gente. Eles sabem que é mais barato”, argumenta o ambulante Daniel da Silva.

Praia e sol

Apesar do inverno, a praia também é um dos locais onde a caipirinha é bastante consumida. Nas areias de Ipanema, Deivison Fernandes carrega uma bandeja com pelo menos três sabores diferentes: maracujá, melancia e limão, a mais vendida. Enquanto a carreira de cantor de funk não decola, o vendedor, que também se identifica como MC Kamaro, diz que as vendas estão boas.

E, apesar da alta taxa de impostos, os clientes não deixam de comprar. “Não se compara ao verão, mas o movimento está muito bom. Caipirinha é um produto que vende o ano todo. Mas é claro que se fosse mais barato a gente venderia mais”, garante.

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MAÍRA COELHO Mesmo no inverno, Davison Fernandes vende caipirinha­s na praia

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