A dor do adeus
Técnico da Cedae morto em serviço é sepultado
Foi enterrado ontem o corpo deRômuloFariasSilva,de24 anos, baleado por bandidos quando prestava serviços para a Cedae em São Gonçalo, Região Metropolitana,naquarta-feira.O enterro aconteceu no Cemitério Maruí,emNiterói,comapresença dos familiares e amigos de Rômulo, que estava em seu terceiro dia de trabalho para uma empresa terceirizada quando foi morto.
Diversos funcionários uniformizadosdaempresaMódulo,que presta serviço para a Cedae e na qualRômulotrabalhava,também compareceram e traziam fixadas em suas roupas fitas de luto. Outros presentes usaram camisetas com a foto do jovem com os dizeres “Rômulo vive”. No cemitério foram afixados cartazes com apergunta“QuemmatouRômulo?”earesposta“ACedae”;“Apolícia”;“Osbombeiros”;“Ospolíticos assassinos do povo”.
“Sabendo que era área de risco mandaram ele para lá? Isso é ruindade. Mandaram o cara para a morte. E agora, como é que a gente fica? Meu neto morreu ao deus-dará por causa de um empreguinho qualquer colocaram ele nessa situação, é bonito isso?”, questionou, indignado, o avô paterno de Rômulo, Hernandes da Silva,de84anos.“Nempolíciapôde ir lá, nem bombeiros. Não tinham treinamento? E deixaram meu neto morrer assim? Se políciaebombeirosnãopodiamir,por quemeunetopodia?”,completou.
A demora no socorro pode ter custado a vida do jovem. Segundo uma testemunha, ao chegar ao local, um bombeiro disse que não poderia fazer o resgate por não ter ambulância, nem equipamento adequado. Minutos depois, dois PMs em motos chegaram e também falaram que não poderiam fazer o resgate.