O papo é reto:‘Quem roubar vai morrer’
Criminosos da Praça Seca espalham faixas com ameaça a ladrões
Aguerra entre traficantes e milicianos pelo controle de territórios da Praça Seca, na Zona Oeste, ganhou mais um capítulo, ontem, quando faixas ameaçadoras foram espalhadas pelo bairro. Com a frase “Proibido roubar. Se roubar vai morrer. Não é pra 1, nem pra 2. É pra geral”, as faixas foram penduradas em pontos da Rua Barão, entre eles a porta da Clínica da Família Newton Bethlem.
Pelas redes sociais, moradores relataram o caso. “Como a PM não atua nas ruas acima da Cândido Benício, sentido morro São JoséOperário,oschefesdoCVdecidiram‘colaborar’com os moradores”, escreveu uma internauta.
À tarde, a PM disse que“equipes do 18º BPM (Jacarepaguá) procederam até os locais e retiraram as faixas”, mas que a “Investigação é com a Polícia Civil”.
Já a Polícia Civil disse que “existem inquéritos policiais em curso que estão apurando o conflito entre os criminosos da milícia e traficantes nas comunidades da região” e que “o episódio das faixas também está sendo apurado pela unidade”, mas “as investigações estão sob sigilo”.
Para tentar conter a guerra, o Comando Conjunto da Intervenção fez uma grande operação no bairro, no dia 18 de maio, nas comunidades Bateau Mouche, Caixa D’Água, Chacrinha, Mato Alto, Barão, São José Operário, Covanca e Pendura-Saia, na qual o chefe de uma das quadrilhas, Sérgio Luiz da Silva Júnior, o ‘Da Russa’, acabou morto, depois de fugir, pela mata, para o Complexo do Lins, na Zona Norte.