Canetada de Gilmar
Ministro do STF suspende prisão de 3 empresários
Oministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu ontem as prisões preventivas de três investigados na Operação Ressonância, desdobramento da Lava Jato no Rio, que investiga fraude nas licitações da área de saúdecelebradospeloestadoepelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Impondo medidas alternativas — proibição de contato com os demais investigados e de deixar o país, devendo entregar seus passaportesematé48h—,Gilmar aplicou o benefício a Daurio Speranzini Júnior, executivo da GE e ex-executivo da Philips; e aos empresários e sócios Miguel Iskin, da Oscar Iskin, e Gustavo Estellita,queestavampresosdesdejulho, porordemdojuizMarceloBretas.
Gilmar concordou com a defesa de Iskin e Estellita, de que não há “fundamento novo” para os recentes decretos de prisão. Sobre Daurio, o ministro afirmou que a apreensão dos documentos na casadoexecutivonãopreencheos requisitosparaaprisãopreventiva.
Na véspera, Gilmar havia suspendido uma ação penal contra o empresário do setor rodoviário Jacob Barata Filho, que responde por tentar embarcar para Portugal, quando foi preso em flagrante, com R$ 50 mil em moedas estrangeiras. Alvo da Operação Lava Jato no Rio, Jacob Barata Filho teria pago R$ 270 milhões em propinas ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
Também ontem, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 24 pessoas por fraudes na saúde, também envolvendo o Into.Iskin,EstellitaeDaurioestão nalista,alémdeSérgioCôrtes,exsecretáriodasaúdenogovernode Cabral. As investigações apontaramcorrupção,fraudesàlicitação, cartel e lavagem de dinheiro em contratosentreoIntoeogoverno.