Medalha desaparecida
Símbolo da presidência some em circunstâncias misteriosas
Amedalha presidencial da Bolívia, uma joia de ouro cravejada de esmeraldas, dada ao herói nacional Simón Bolívar em 1825, foi roubada em circunstâncias mal explicadas na noite de terça-feira. “Equivale ao roubo da coroa da rainha Elizabeth II, da Inglaterra”, disse o ex-presidente Carlos Mesa. O furto foi confirmado ontem pelo Ministério da Defesa.
O oficial encarregado da segurança da relíquia foi detido. A medalha ficava guardada em cofre no Banco Central e era entregue à Presidência para atos oficiais. Ontem, o presidente Evo Morales deveria ostentá-la ao discursar em cerimônia militar em Cochabamba, como fez no dia 6 de agosto, na celebração de 193 anos da independência.
Segundo a rede britânica BBC, a medalha foi roubada de um carro estacionado em uma área boêmia na cidade de El Alto, leste da capital La Paz. Ela estava em uma mochila no carro usado pelo militar. A mochila foi encontrada horas depois, vazia, em uma igreja. Ainda segundo a BBC, o militar deveria embarcar no aeroporto de El Paso rumo a Cochabamba, onde a medalha seria entregue a Morales. Contudo, ele teria perdido o voo e deixado a relíquia no carro enquanto tentava remarcar a passagem.
A medalha foi presente do Congresso à recém-criada República de Bolívar (atual Bolívia) a seu fundador, em 1825, e foi usada como medalha presidencial desde 1826.