Leilão como alternativa
Compra do primeiro imóvel pela modalidade cresce. Veja os cuidados necessários
Acompra de imóveis via leilão costuma ser uma prática entre investidores. No entanto, segundo especialistas, vem crescendo o número de famílias que compram a primeira casa nessa modalidade. Segundo explicam, a principal razão para o aumento é o preço abaixo do mercado, o que atrai clientes em dificuldade de obter crédito e em quitar as altas taxas de juros praticadas no setor. Em algumas empresas que promovem leilões, esse crescimento chegou a 80%.
Na Investmais, houve acréscimo de 35% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2017.“Esses imóveis são retomados por bancos e construtoras de pessoas que não conseguiram arcar com o financiamento, e vão a leilão com preços mais acessíveis”, diz a diretora Patricia Curvelo.
No mesmo caminho, a Sold Leilões também percebeu um aumentoconsideráveldepessoas que arremataram imóveis para moradia própria. Nos últimos três anos, o número de clientes nesseperfilchegoua80%em500 imóveis leiloados no estado.
Arrematar um imóvel em leilão foi a forma que a auxiliar administrativa Raquel de Souza, de 35 anos, encontrou para conseguir a casa própria. Ela procurava um empreendimento há quatro anos, mas não conseguia arcarcomosvaloresdomercado. “Nas pesquisas, encontrei anúncios sobre leilões, e vi que os preços eram mais atraentes”, conta.
Porém, alerta a advogada BiancaCukier,emboraosvalores sejam mais acessíveis, o arrematante precisa arcar com os custos de registro do imóvel e com a comissão do leiloeiro, que equivale a 5% do valor da unidade.