O fim da linha
Jovem acusado de roubo é morto dentro do trem
Um adolescente foi morto dentro de um trem da SuperVia, do ramal Santa Cruz, ontem de manhã. Ele teria feitoumarrastãoefoibaleadopor um agente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), armado. A tia do menor, Denise Maria Rodrigues, entrou em desespero ao ver o corpo do sobrinho.Elacontouqueosfamiliaressabiamdoscrimesepediam constantementeparaqueelemudassedevida.Orapaz,de17anos, continuavaassaltandopormáinfluência de amigos, segundo ela.
“Agenteimploravasemprepra ele sair dessa vida, mas ele nunca obedecia. Ele continuava assaltando por influência dos amigos. Hoje(ontem)demanhãelesaiude casa e avisou que ia assaltar”, contou a tia, vendedora ambulante na Central do Brasil, local onde o trem ficou parado com o corpo, durante a perícia.“Eu sou conhecidaaquinaárea,foramosguardas
que me avisaram que meu sobrinho tinha morrido. Ele é conhecido aqui porque assaltava na região”, disse.
Segundo ela, o adolescente fariaaniversárioamanhãeéocaçula dequatroirmãos.Amãedorapaz trabalhava como empregada doméstica e soube da morte do filho por familiares.
A insegurança nas plataformas é uma reclamação constante dos passageiros da SuperVia. Fabiana de Melo, uma secretária de 48 anos, conta que evita pegar o trem em determinados horários por conta do perigo. “O trem em determinados horários é seguro. Mas em outros eu evito porque moradores de rua entram no trem pra assaltar, tem arrastão, vandalismo, correria, principalmente em algumas plataformas”, desabafa.
Emnota,aSuperVialamentou aviolênciaedissequeasegurança pública é uma atribuição do Governo do Estado.