História e ciência viram escombros e lágrimas
Vice-diretora estima que só 10% do acervo de 20 milhões de itens resistiram ao fogo
Enquanto o mundo acordava atônito ontem com o incêndio que destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, funcionários e voluntários lutavamcomfogo,fumaçaelágrimas para tentar salvar o que fosse possíveldos20milhõesdeitensdo maior acervo cultural e científico da América Latina.
“Sobrarammenosde10%,talvez,doacervo”,disseavice-diretora do museu, Cristiana Serejo. As causasdoincêndioserãoapuradas pela Polícia Federal.
Os bombeiros foram acionados por volta de 19h30 de domingo por um vigia e enviaram 20 viaturas e 80 bombeiros de 13 quartéis. O combate às chamas teria atrasado 40 minutos por falta d’água nos dois hidrantes do complexo.
“Não havia pressão nos hidrantes. Isso atrapalhou o trabalho”,admitiuocomandante-geral dosbombeiros,RobertoRobadey. Umdoslagosquecercamoprédio foi usado como fonte de captação deágua.ACedaenegouquetenha faltado água nos hidrantes.
“Não havia hidrantes funcionando, certificação de prevenção contra incêndio, brigada de incêndio, portas corta-fogo, sprinklers (dispositivo que descarrega água), enfim tudo errado”, criticou Wesley Pinheiro, da Brigada de Incêndio da Coppe/UFRJ.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que “não consta no sistema informatizado documentação referente ao Museu Nacional”.