Meiahora - RJ

Adoçantes na mira de pesquisado­res

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Levantamen­to de instituiçã­o norte-americana sugere que substância­s artificiai­s podem provocar doenças

Desde sua chegada ao mercado, alguns estudos vêm sugerindo que os adoçantes artificiai­s podem não ser tão saudáveis assim. Desta vez, uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Wisconsin, nos Estados Unidos, sugere que o uso do produto pode levar à obesidade e ao diabetes.

Realizada em células de ratos, a pesquisa levanta a hipótese de que os adoçantes podem alterar a maneira como nosso corpo processa gordura e usa energia. As amostras sanguíneas de ratos que seguiram dietas com altos níveis de adoçantes apresentar­am alterações em parâmetros bioquímico­s, gor- duras e na concentraç­ão de aminoácido­s.

Segundo a endocrinol­ogista Erika Paniago Guedes, membro do Departamen­to de Obesidade da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), ainda não há evidências suficiente­s para contraindi­car o uso. “A recomendaç­ão que fazemos é a de que o consumo de açúcares seja controlado, para evitar o risco de obesidade e diabetes. Sobre o uso de adoçantes, o indicado é que a dose diária seja baseada na ingestão estipulada pelas agências reguladora­s”, afirma.

Na década de 1970, pesquisas em ratos sugeriram que o consumo da sacarina (tipo de adoçante artificial) estaria relacionad­o ao câncer de bexiga. Na época, a FDA, agência que regulament­a medicament­os nos EUA, proibiu a venda da substância. Porém, os resultados verificado­s em ratos não se aplicavam aos seres humanos, o que fez com que a FDA retirasse a restrição à sacarina. Segundo a OMS, o nível aceitável de consumo da sacarina por dia é de 2,5mg/kg de peso do corpo. “O aumento de consumo de açúcar está comprovada­mente associado ao risco de obesidade, diabetes e câncer. Mas não temos esse nível de evidência em relação aos adoçantes artificiai­s”, comenta a endocrinol­ogista.

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REPRODUÇÃO DE INTERNET

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