Cair de novo? Uma ova!
Revoltada ao ver o Vascão perto do Z-4, torcida protesta e joga ovos em São Januário
Sem vencer há quatro rodadas no Campeonato Brasileiro (Atlético-PR 1 a 0, Santos 3 a 0, América-MG 2 a 1 e Vitória 1 a 0), desde que o técnico Alberto Valentim assumiu o comando, o Vasco, seriamente ameaçado de rebaixamento, atiçou a ira da torcida. Um dia após a derrota em Salvador, um grupo de cruzmaltinos tentou cercar os jogadores no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no desembarque da delegação, enquanto outro protestou em São Januário, com direito a ovos e garrafas atirados em direção à fachada do clube.
Na sede, alguns torcedores ainda picharam os muros pedindo a saída do presidente, Alexandre Campello, e do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro. Em 16º lugar na tabela de classificação, com 24 pontos, o Vasco só não está no Z-4 porque leva vantagem nos critérios de desempate em relação a Sport e Ceará, que também somam 24 pontos, mas levam a pior no saldo de gols e no número de vitórias, respectivamente — pode entrar no fatídico grupo se a Chapecoense vencer o Atlético-PR, quintafeira, na Arena Condá, em jogo adiado da 20ª rodada.
Ontem, na Colina, a confusão só não foi maior porque a polícia afastou os torcedores disparando tiros de balas de borracha. Eles protestaram antes da reunião do Conselho de Beneméritos do clube e identificaram como sendo de dirigentes do clube carros saindo do local — segundo a PM, um deles era de Campello.
No Aeroporto Tom Jobim, cerca de dez torcedores esperaram o desembarque do time, mas um encontro foi evitado depois que os jogadores evitaram o saguão e deixaram o aeroporto pela pista, de ônibus — somente membros do departamento de futebol passaram pelo saguão com material do clube, mas nenhum incidente foi registrado.