Adeus ao som de funk
Famosos e anônimos lotam cemitério e cantam na despedida de Mr. Catra
Parentes, amigos e fãs do ‘Papai’ Mr. Catra deram o último adeus ao funkeiro, sepultado,ontem,noCemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O cortejo de despedida a Wagner Domingues Costa, seu nome de batismo, foi acompanhado por cerca de 300 pessoas e foi marcado por muita música e emoção.
A cerimônia foi ao som de primeiro grande sucesso do cantor, Simpático e Adultério, outros hits de Mr. Catra. Também foram ouvidas músicas gospel e muitas orações.
O funkeiro morreu no domingo, em São Paulo, onde fazia tratamento contra câncer no estômago, diagnosticado no início de 2017. Ele deixou três esposas e 32 filhos. Às 8h de ontem, o corpo de Catra saiu do Teatro João Caetano, no Centro, onde foi velado durante toda a noite, e seguiu para Sulacap.
Alan Pinheiro dos Santos Cardoso, um dos filhos de Catra,
Odisse que viu o pai pela última vez no domingo, por volta do meio-dia.“Hoje (ontem), está sendo o pior dia da minha vida, pois acabo de perder o cara mais ‘responsa’, paizão, que me ajudou. A partir de agora, vamos seguir com os ensinamentos que ele nos deixou”, afirmou. “Existiam duas pessoas: o Wagner Domingues, o pai, que ficava em casa, cuidando da família, e o Catra, que era um personagem. Minha ficha ainda não caiu. Não acredito que isso esteja acontecendo. Acho que, onde estiver, ele deve ter ficado feliz com essas homenagens e vai nos iluminar. Nos últimos dias, ele estava bem e me disse:‘Calma, papai vai sair dessa’”, completou Alan.
Para o DJ Malboro, que foi ao enterro, Catra tinha uma personalidade única.“Para alguns, ele era fanfarrão, brincalhão e desbocado, mas quem o conhecia pessoalmente sabia que ele era a pessoa mais responsável do mundo. Ele tinha um jeito único de ser e soube viver”, disse.