NEM SEMPRE É O MORDOMO
Oinsucesso leva o dirigente a pensar em mudanças. Palmeiras, Santos e Ceará, para citar apenas três, mudaram e gostaram. Felipão, Cuca e Lisca Doido deram jeito nos seus times. O problema é a hora de mudar. No caso do Flamengo, tirar o Maurício Barbieri agora seria tiro no pé. O Campeonato Brasileiro caminha para o final, o ano fecha com eleições no clube e os dirigentes sabem que o menos culpado é o treinador, que não montou o elenco e nem sugeriu Conca, Ederson, Geuvânio, Rodolfo, Trauco, Berrío, Piris da Motta, Marlos Moreno, Uribe e Cia. Ltda. Mesmo que ignorassem os próprios erros e jogassem tudo nas costas do treinador, quem, entre os profissionais de elite, aceitaria assumir a equipe agora? Presidente Bandeira de Mello sabe que o primeiro a errar foi ele, na montagem do Departamento de Futebol. Talvez por isso ele seja contra a demissão de Barbieri. Futebol não é como romances de Agatha Christie: nem sempre o mordomo é o culpado.