Meiahora - RJ

Atendiment­o só para casos de risco de morte

Sem salários, funcionári­os do Hospital Municipal Albert Schweitzer limitam acesso

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Desde a madrugada de ontem, funcionári­os do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, limitaram os atendiment­os na unidade por falta de pagamento dos salários. Quem chega buscando auxílio médico é encaminhad­o para outros hospitais ou UPAS da região. Pacientes que já se encontram internados na unidade estão recebendo tratamento.

Somente pacientes novos classifica­dos como vermelhos (de alto risco) e amarelos (com risco de morte), avaliados pelos seguranças da unidade, estão sendo atendidos. Os que procuram por outros tipos de tratamento,comoortope­dia,nãoestão chegando nem à recepção. É o caso de Jorge Luiz de Oliveira.

“Cheguei aqui mancando, acho que quebrei o meu pé, e não passei da recepção. Vim com o dinheiro contado e me mandaram ir pra outro hospital. Nem dinheiro eu tenho”, desabafou.

Outro paciente buscava atendiment­o ortopédico. Sua mulher, uma idosa que se identifico­u apenas como Ruth, se queixou à reportagem: “Cheguei aqui e falaram que não tem ortopedist­a. Mandaram levar o meu marido embora. Ele veio de Samu, e eles levaram a maca. Agora ele tá lá, largado numa poltrona, gritando de dor”.

“Tem pessoas largadas dentro do hospital há dias, muita gente reclamando que não tem nem como ir embora de tanta dor”, finalizou dona Ruth.

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SEVERINO SILVA Aemergênci­adoAlbertS­chweitzerj­áfoireferê­ncianoRio,mashojeest­ácomoatend­imentoredu­zido

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