Síndicos profissionais
Condomínios buscam funcionários com conhecimentos de leis e manutenção predial
Em meio a uma realidade em que o síndicos assumem cada vez mais funções, as administradoras têm optado por contratar profissionais para o cargo que sejam formados em cursos específicos na área. Nos conjuntos que a Estasa administra, o número de síndicos profissionais, que não vivem necessariamente nos condomínios em que trabalham, cresceu 300% nos últimos cinco anos. Já a Lowndes notou crescimento de 10% no último ano.
Segundo as construtoras, os principais fatores para a contratação dos síndicos profissionais são aumento da responsabilidade na gestão do condomínio e a falta de disponibilidade de moradores para assumir o cargo, por receio de se indispor com vizinhos.
Para Anna Carolina Chazan, gerente geral de Gestão Predial da Estasa, as novas normas para condomínios têm exigido síndicos mais preparados e envolvidos com o trabalho. Duas dessas normas são a autovistoria predial e o e-Social, que é o envio digital de dados trabalhistas e previdenciários para o governo federal. Caso as normas não sejam cumpridas, o condomínio pode ser punido com multas. “O síndico profissional acompanha e tem um maior conhecimento das novas legislações, se aperfeiçoa com cursos de capacitação. E, dessa forma, evita prejuízos ao condomínio”.
Há quatro anos, Pedro Coelho,30anos,ésíndicoprofissional. “Comeceiatrabalharcomosíndico, pois vi uma oportunidade em um mercado promissor”, conta.
Porém, Ricardo Chalfin, diretor da Precisão Administradora, observa que o fato de o síndico profissional não viver no condomínioqueadministrapodeprejudicar a identificação imediata das demandas dos moradores.
“A falta de conhecimento da rotina e dos moradores do condomínio podem ser empecilhos nesse tipo de trabalho”, observa.