O BEIJO DO PALHAÇO
Quando meu filho Lucas nasceu, em 1998, os médicos que fizeram o parto estavam no cinema assistindo Perdidos no Espaço, filme que retratava, com muitas atualizações tecnológicas, uma antiga série de TV. A doutora Sônia Valentim e seu marido, doutor José Augusto, saíram no meio do filme e partiram para o Hospital Barra D’Or, onde fizeram seu trabalho com a eficiência que seus pacientes não cansam de elogiar.
Quando completou seu primeiro aninho, Lucas ganhou uma festa com a presença de seus avós, tios e primos, além dos médicosqueotrouxeramaomundo. A festa teve show do inesquecível e saudoso Palhaço Carequinha.
E, na sua apresentação, o palhaço mais famoso do Brasil pegou o aniversariante no colo e, num momento que foi registrado em foto, deu um beijo na testa do Luquinha! Eu costumo chamar este momento de “o beijo do palhaço”.
Quando, ao crescer, Lucas começou a demonstrar interesse pelo teatro e pelo cinema, me veio à mente estes momentos: os médicos chamados no cinema e o famoso palhaço abençoando o menino no seu primeiro aniversário com um beijo! Seriam “sinais” de um destino escrito nas estrelas?
Afinal,somosconduzidospor um destino já escrito e destinado acadaumdenós.Ouescrevemos nossa história tomando decisões e fazendo“por onde”para alcançar nossos sonhos.
Quando escrevo esta coluna, meu filho Lucas Monteiro já tomou várias decisões e fez muitas escolhas na busca de seu futuro. Mora em Los Angeles e faz faculdade para ser diretor de cinema na New York Film Academy. Ele viveu a experiência de atuar nos palcos do Rio de Janeiro, experimentando a atuação no teatro (fazendo cursos e participando de montagens teatrais).
Não podemos garantir que nossos filhos vão fazer sucesso ou realizar todos os seus sonhos, mas temos obrigação de apoiar e torcer para que sejam boas pessoas e que sejam felizes.