Alívio após o término do seguro-desemprego
Casado há 17 anos, o motorista de caminhão Ernane Mattos, de 39 anos, já estava acostumado comaesposaEdilanereclamando de ele ficar sonhando com a sorte. O morador de São João de Meriti,naBaixadaFluminense,nunca deixou de criar chances para sua vida ser transformada.
“Eu compro o Rio de Prêmios há quase uma década, ela sempre falava que, em vez de gastar o dinheirocomisso,eutinhaquecolocarnumapoupança.Maseusabia queaminhahoraiachegar!”,conta o ganhador de salário de R$3 mil por mês durante um ano.
Quando comprou o bilhete que foi premiado, Ernane estava no shopping com a esposa e pensou em preencher com o nome dela, mas Edilane não deixou.
“Ela falou: ‘Não bota o meu nome nessas coisas porque eu não tenho sorte, você que tem’. Agora, além de satisfeita, ela está confiante, contando pra todo mundo que vale a pena acreditar. Os vizinhos todos começaram a comprar também”, se diverte.
O dinheiro não poderia ter vindo em hora melhor. Sem trabalhar,Ernanetinharecebidoaúltimaparceladoseguro-desemprego e não sabia o que fazer.
“Agora eu sei muito bem como vou aplicar esse dinheiro: melhorando o meu currículo. Já estou matriculado em um curso para transporte de passageiros e em outro de eletricista. Além disso, com essa grana entrando todo mês, como se fosse um salário mesmo, vou conseguir me organizar pra não me endividar mais”, comemora.
A única extravagância que Ernane se permitiu fazer foi comprar mais Rio de Prêmios. Dessa vez, em vez dos dois bilhetes, como toda semana, ele levou pra casa logo sete.
“Se eu ganhar o prêmio máximo um dia, quebro até o meu telefone pra ninguém me achar! Vouficarpelomenosummêssumido com a Edilane, vamos conhecer a Disney... E quem sabe, commelhorescondições,agente não tem um filho?”, planeja.