OLHA A FACA!
Tem gente que entra mais na faca do que pedaço de picanha em churrascaria. O Brasil é o segundo país onde mais se realizam essas cirurgias, perdendo apenas para os Estados Unidos. Com o avanço da tecnologia e os parcelamentos quase infinitos, bate aquela vontade de dar uma esticada na carcaça, mas é preciso ter cuidado para não virar do avesso ou ter um treco na mesa de cirurgia! Isso porque, com a procura pelos procedimentos estéticos, crescem também os chamados açougueiros, que só pensam no seu dinheiro e muitas vezes não estão preparados para pegar no bisturi.
Casos de brasileiras que morreram vítimas de cirurgias plásticas malsucedidas ocupam as páginas dos jornais o tempo todo. A história é quase sempre a mesma: as pacientes confiam em procedimentos inadequados e ‘médicos’ desqualificados e pagam com suas vidas o sonho do corpo perfeito. E a mulherada é o principal alvo. De acordo com dados da Isaps (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), 86,2% das cirurgias plásticas no mundo são realizadas por mulheres. Entre os 2,5 milhões de procedimentos por ano, o aumento de seios lidera com 15,8%, seguido da lipoaspiração (14%) e da cirurgia de pálpebra (12,9%).
E aí eu te pergunto: antes de optar por uma alternativa tão drástica, por que não investir em mudanças comportamentais e hábitos saudáveis? Este corpo é o único que temos e cuidar bem dele é sempre o melhor caminho. Lembrando que toda cirurgia, por mais simples que seja ou por mais competente que seja o profissional envolvido, há o risco de algo ruim acontecer. Por isso, pense bastante antes de tomar a decisão e leve em consideração alguns critérios para escolher o cirurgião ou a clínica responsável. Uma boa fonte de pesquisa é a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: no site www.cirurgiaplastica.org.br. Pesquise e confira se o médico está na lista dos associados. Assim, o risco de algo dar errado cai muito. E tá falado!