Falsa médica na tranca
Flagrada quando aplicaria silicone industrial em vítima num motel
Após denúncia anônima, policiaisda77ªDP(Icaraí) prenderam uma falsa médica em Pendotiba, Região OceânicadeNiterói,quinta-feira.DarleyMarinhoLadaga,mulhertrans conhecidacomoDani,foiflagrada preparando-se para injetar silicone industrial nos glúteos de uma cliente num motel. A substância não pode ser injetada em humanos,sobriscosdeinfecçãoetrombose, entre outras complicações que podem levar à morte. Ela foi autuada por exposição a perigo, tentativa de estelionato — pois o procedimentonãofoiconsumado — e exercício ilegal da medicina.
“Esse material (silicone industrial) é usado para limpeza de veículos, de vidros”, disse a delegada Raissa Celles, que ainda afirmou: “O próprio autor confessou não possuir qualquer formação em medicina ou enfermagem”.
Segundoapolícia,Daniconfessou que enganava suas “clientes” afirmandoqueomaterialaserinjetado tratava-se do preenchedor cutâneoArtefill,umprodutolegal, cobrando o valor de R$ 4.300.
Na DP, a falsa médica explicou que finalizava o procedimento com esmalte e até com supercola. No local do flagrante, policiais apreenderam também ampolas de anestésico, seringas e agulhas.
“Se eu prejudiquei alguém, eu peçodesculpa.Massempretrabalhei com amor”, disse Dani.
No Rio, pelo menos três mulheres morreram este ano após procedimentoestético:LilianCalixto, 46 anos; Mayara Silva dos Santos,de24;eFernandaAssis,de 29.Outravítima,ÂngelaPedroso, de 25, está internada no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, seu estado é estável.