O homem por trás da máquina
Mesmo com internet, corretor faz 85% das vendas do setor
Atecnologia e as mudanças comportamentais refletem no setor de seguros. Em uma sociedade onde o carro deixou de ser o sonho de consumo, o mercado passou a estudar os hábitos da população para vender apólices em um segmento que arrecadou R$ 428,9 bilhões no país em 2017. O crescimento do setor está ligado à figura do corretor. Um estudo publicado em janeiro pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, apontou que esse profissional é responsável por 85% das vendas do setor.
Em meio a esse cenário, a capacitação exerce um papel determinante. “Na hora de contratar uma apólice, o consumidor brasileiro ainda tem o corretor de seguros como principal referência. Em plena revolução digital, ele exerce mais influência na decisão decompradoqueaplicativosesites de cotação de seguros”, argumenta Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros.
A transformação do perfil do corretor, aliás, já faz parte da grade curricular. A partir de 2019, a instituição vai abrir o curso‘Inovação e Canais Digitais para Corretores de Seguros’ na formação desse profissional na unidade de São Paulo. O curso vai falar de tecnologia e tendências comportamentais. “Hoje, o rapaz de 18 anos não quer ter um carro. Ele quer um celular de última geração. O mercado precisa se reinventar, criando novos produtos para atender novas necessidades. O corretor precisa explicar aos clientes sobre outros riscos”, explica o professor Richard Furck, responsável pelo curso.