Adeus, pai dos heróis!
Aos 95 anos, morre Stan Lee, gênio das histórias em quadrinhos
Oquadrinista Stan Lee, criador de super-heróis icônicos como o Homem-Aranha e o Incrível Hulk, morreu ontem aos 95 anos, em Los Angeles. Lenda da Marvel e personificação da cultura dos quadrinhos nos Estados Unidos, era conhecido pelos óculos escuros e sorriso travesso, e aparecia com frequência em eventos nos quais era reverenciado pelos fãs.
Lee entrou no mundo das HQs por acaso quando, ainda adolescente, um tio lhe arranjou um trabalho para encher tinteiros e levar café para os artistas. Nascido em Nova York, Stanley Lieber adotou o pseudônimo Stan Lee porque sonhava ser romancista e não queria usar o nome verdadeiro com “quadrinhos bobos”.
Subiu de posição até se tornar quadrinista, levando milhões de fãs de super-heróis a sonhar com seus universos fantásticos e humanos dotados de superpoderes. Acabou comandando o império Marvel por décadas como editor.
‘Homem-aranha’, ‘Pantera Negra’, os ‘X-Men’, ‘Quarteto Fantástico’... Lee colaborou com outros autores e ilustradores. ‘Homem de Ferro’, ‘Thor’ e ‘Doutor Estranho’ vieram mais tarde. Hoje esses três heróis são franquias cinematográficas que rendem centenas de milhões de dólares.
Lee apareceu em papéis secundários em quase todos os filmes da Marvel, inclusive como motorista de ônibus em filme que reuniu muitos dos personagens que ele criou.
“Que esta lenda, um verdadeiro pioneiro, descanse em paz”, tuitou o cineasta australiano James Wan, que esteve à frente de Aquaman, longa sobre um herói da DC Comics, rival da Marvel, com lançamento previsto para dezembro.
“Minha juventude não teria sido a mesma sem ele. Muito grato por tê-lo conhecido e dito como era agradecido por seu trabalho. #stanlee”, completou.