Protestos na França
Manifestantes vão às ruas contra alta dos combustíveis
Pelos menos 400 pessoas ficaram feridas, 14 delas com gravidade, em tumultos durante a onda de protestos que tomou conta da França neste fim de semana contra a alta dos impostos sobre combustíveis. Foram presos 157 manifestantes. Segundo o Ministério do Interior, 288 mil pessoas foram às ruas em 2 mil locais na França. Os manifestantes culpam o presidente Emmanuel Macron pela crise e pedem que ele renuncie.
Os manifestantes, conhecidos como “coletes amarelos” por causa da vestimenta adotada nos protestos, bloquearam estradas e entraram em confronto com policiais em barreiras. A maioria das manifestações foi pacífica, mas em alguns bloqueios formados por manifestantes sentados, motoristas tentaram forçar a passagem. No pior incidente, uma mulher morreu atropelada por um veículos que acelerou ao ser cercado por manifestantes.
Cerca de 3.500 manifestantes permaneceram mobilizados durante a madrugada. “Houve assaltos, brigas e esfaqueamentos. Houve brigas entre os próprios manifestantes. Em alguns lugares, consumiuse muito álcool, o que levou a comportamentos idiotas”, disse o ministro do Interior, Christophe Castaner.
Nos últimos 12 meses, o preço do diesel, combustível mais usado no país, subiu 23%, chegando a 1,51 euro (em torno de R$ 6,5), valor mais alto em 18 anos. A decisão de aumentar, em janeiro de 2019, ainda mais o imposto sobre combustíveis, parte do programa de Macron para reduzir o consumo derivados do pétroleo, foi o estopim para os protestos. Pesquisa do instituto Elabe indica que 73% dos franceses apoiam as manifestações.