Milícia participou
Secretário de Segurança fala sobre investigações
Milicianosparticiparamdo assassinatodavereadora MarielleFranco(Psol).A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança do Rio, generalRichardNunes,ementrevistaàGloboNews,ontem.Aparlamentar e seu motorista, Anderson Gomes, foram metralhados na noite de 14 de março, quando passavam pelo Estácio, na Região Central do Rio.
Ainda de acordo com Nunes, alguns culpados já foram encontrados, mas a preocupação da polícia, no momento, é “reunir provascabais”paraqueosresponsáveisnãosejaminocentadosapós denunciados.
“Não é um crime de ódio. Falei isso logo na primeira entrevista que dei, em março. É um crime que tem a ver com a atuação política, em contrariedade de alguns interesses. E a milícia, com toda certeza, se não estava no mando do crime em si, está na execução”, disse Nunes. Durante a entrevista,osecretáriotambémcomentou que acredita que políticos participaram da execução da vereadora.
No dia 14, quando o crime completou oito meses, a Anistia Internacional divulgou um novo relatório sobre o caso Marielle. O levantamento traz informações veiculadas publicamente sobre o caso, com o objetivo de apontar questões graves que não foram respondidas, além de possíveis incoerências e contradições na investigação.Aorganizaçãoainda sugeriu a criação de uma comissão externa e independente para acompanhar o caso.
Segundo Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia noBrasil,asautoridades“nãorespondemàsdenúnciasquevieram à tona”, como o desligamento das câmeras de segurança do local do crime dias antes do assassinato, o desaparecimentodesubmetralhadorasdaPolíciaCivildoRiodeJaneiroeodesviodemuniçãodolote que pertencia à Polícia Federal.