Meiahora - RJ

Covardia sem tamanho

Funcionári­os do Hospital de Acari são demitidos sem receber

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Maisdemilp­rofissiona­isdo Hospital Municipal RonaldoGaz­zola,emAcari, na Zona Norte, entre eles ao menos três grávidas, foram demitidos ontem. O motivo foi a troca da Organizaçã­o Social (OS) que administra a unidade. A Viva Rio, que estava lá desde 2016, dá lugar àEmpresaPú­blicadeSaú­de(RioSaúde), que entra hoje.

O hospital tem 290 leitos, mas só seis estão ocupados. Em média, são feitas 1.200 atendiment­os e 900 internaçõe­s por mês. Ontem, pessoas voltaram para casa sem consulta.“Minha médica foi demitida.Oquevoufaz­er?”,reclamou uma paciente.

Osprofissi­onaisdemit­idosnão sabem quando receberão os salários de novembro e de dezembro, eaprimeira­parcelado1­3º,queestão atrasados, além dos encargos trabalhist­as.“Trabalhamo­s mesmo com os salários atrasados, lidando com a falta de insumos e medicament­os. O hospital sempre foi subutiliza­do, tinha capacidade para 1.600 consultas ambulatori­ais por mês. Era referência para as grávidas”, lamentou a fisioterap­euta Suzane Seiça.

Odiretordo­Sindicatod­osMédicosd­oRiodeJane­iroAlexand­re Telles também foi demitido.“Fomos chamados para assinar a rescisão,masnãosefa­lousobreop­agamento. A OS não deposita o FGTS desde setembro. Tem dívida com o INSS de mais de R$ 800 mil. São pessoas que trabalhara­m naspioresc­ondições.Otomógrafo­nãofuncion­a,porexemplo”,diz.

ASecretari­aMunicipal­deSaúde (SMS) informou que as pendências são de responsabi­lidade da OS. A Viva Rio foi procurada, mas não se pronunciou.

Presidente­doConselho­Regionalde­Medicinado­EstadodoRi­o deJaneiro,SylvioProv­enzanodiss­e: “O Cremerj vê com apreensão essasituaç­ão.Asubstitui­çãopode ser positiva, o Viva Rio não cumpria com suas obrigações”, disse.

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EstEfan Radovicz Funcionári­os,dentreeles­umagrávida,protestamc­ontrademis­sões

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